sábado, 4 de dezembro de 2010

A era das minorias na política da América

Quando pensei nesse blog, a primeira ideia que me veio na cabeça era a de perpassar a minha forma de escrever sobre assuntos de história que eu gosto. Porém , eu tive ao longo desses dias um longo questionamento individual do que é história, então alguns, será que é algo que se perdeu no passado, ou somos agentes construtores da história? Foi pensando nisso que eu a partir de agora também abordarei temas recentes, que mesmo estando hoje nos noticiários, algum dia no futuro os historiadores vão ver esses fatos como acontecimentos pretéritos.

E nada melhor do que começar falando de um assunto que enche os olhos de historiadores e de todo o pessoal das ciências moles, que é política. Tem coisa mais fascinante do que esse jogo de intrigas, coligações, ideologias, militâncias. A política de modo geral é a religião cívica, que uns tanto amam e outros sentem repulsa, ódio e certo nível de decepção, a corrupção e os escândalos tiram de jogo as pessoas boas e com princípios e deixam no jogo político as velhas raposas das velhas oligarquias sem escrúpulos.

Algo vem mudando, principalmente na América latina após as ditaduras militares e os governos direitistas. A ascensão de uma nova classe política, que vêm cada vez mais buscando a hegemonia política. Hegemonia vêm do grego eghestai, que significa conduzir, liderar, comandar, ter o controle. Nesse país as grandes forças hegemônicas sempre foram os grandes proprietários, políticos, profissionais liberais e intelectuais. Agora outros grupos estão conseguindo com êxito a busca pela hegemonia política.

Plantadores de coca e indígenas ( Evo Morales ), Militares ( Hugo Chaves ), operários ( Lula ) e mulheres ( Dilma, Michele Bachelet, Cristina Kirchner ) e o primeiro negro eleito presidente nos EUA ( Obama ), mostram que o eleitorado cansou das mesmas caras no trato político. É importante ressaltar que o termo ‘minorias’ não se retrata à alguma referência numérica e sim à representação política.

As minorias são mais atenciosas no que tange ao social, porém é visível que não se realizaram mudanças profundas nas estruturas sociais, como foram as principais bandeiras de campanha dos partidos de esquerda que conseguiram chegar ao poder. Para conseguir a hegemonia foi preciso fazer aliança com as mesmas oligarquias que comandavam a América latina, e as grandes revoluções não estão passando de uma série de pequenas melhorias que estão garantindo essas novas caras no poder, ou que eles elejam sucessores, e tudo acaba sendo um grande jogo de interesses que deixa quem realmente precisa da política ( O POVO ) a margem do sistema achando que está sendo representado por alguém. 

Um comentário:

  1. Ótima mudança!
    E ótima escolha de tema: política. Afinal, os que não gostam dela são governados, dominados, controlados pelos que gostam. Não é verdade?
    A América latina há algum tempo vem numa mudança. No Brasil, por exemplo, a esquerda chegou ao poder colocando um ex-líder sindical no poder e conseguindo sucedê-lo com uma mulher. Uma hegemonia. Hegemonia que espero que não dure muito, já que a mesma gera abusos de poder. Independentemente de ser de esquerda, direita, pra frente ou pra trás.

    :]

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